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Umbanda Alakaiye I

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O Templo de Umbanda Alakaiye completa em 2020 uma década de existência.  Para comemorarmos esse marco importante começamos a publicação de alguns artigos sobre a Umbanda como ela é vivenciada em nosso templo, afinal, como se diz, dez anos não são dez dias. Os Princípios do Templo de Umbanda Alakaiye Desde a sua fundação, o desenvolvimento da vida espiritual e religiosa do templo teve como pilares princípios bastante sólidos, claros e objetivos. Ao listá-los e discorrer sobre eles na sequência, queremos desde já deixar bastante claro para os leitores que, não estamos procurando ditar doutrina, apresentando um modelo a ser seguido, ditando regras pétreas, revelando verdades universais, e muito menos colocando tais princípios como melhores e superiores aos dos demais terreiros e templos. Ao contrário, como vocês vão poder observar muitos deles, são comuns a todas casas espirituais umbandistas, outros mudam apenas a forma como são chamados ou o ponto de vista como são tratados,

A Batalha pela sua Alma (Parte II)

Passado seis anos desde a minha última publicação ( A Batalha pela sua Alma - Parte I ), retomo a escrita de onde parei. Se prometi uma continuação devo cumprir o anunciado.  Para ser sincero, decorrido esse grande hiato, não me lembro mais qual seria o desenvolvimento natural que tinha imaginado para essa parte II. Entretanto, não importa muito qual foi o fio da meada que ficou perdido na memória, já que, infelizmente, esse assunto continua atual sendo capaz, inclusive, por tudo que vivenciamos durante este período, de gerar não só mais uma parte com possibilidade de continuações, além de fomentar possíveis desdobramentos com artigos cujos temas possuam uma correlação atinente. Por que continuar a desenvolver a temática em questão? Porque essa batalha é real e está acontecendo todos os dias, sejamos atingidos de forma direta ou indireta por ela ou não. Intolerância, preconceito e discriminação são três palavras, conceitos, comportamentos, atitudes e posturas, que continuam presente

Umbanda sem Mistério voltou!

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                              Imagem de   PublicDomainPictures  por  Pixabay Depois de longo e tenebroso inverno (06 anos), estamos de volta. Em breve, novos textos, reflexões, notícias e novidades. Continuaremos na mesma linha de trabalho do blog, apenas o tempo passou. Agradeço a todos que continuaram a ler o blog, mesmo sem estar sendo atualizado, assim como aqueles que cobraram um retorno as atividades me incentivando a continuar a escrever.

A Batalha pela sua Alma (Parte I)

Há muito tempo as religiões e cultos afrobrasileiros enfrentam um ataque declarado de intolerância religiosa, preconceito e discriminação de toda a sorte, engendrado em sua maioria pelas igrejas evangélicas, principalmente as "neopentecostais” (1) que ganharam popularidade, espaço na mídia (televisiva, de radiodifusão e impressa) e expressão política. A capilaridade com que essas igrejas se expandiram em solo brasileiro, muitas fora dele e os motivos que levaram uma representativa parte da população brasileira a se converterem, têm sido analisados por muitos cientistas sociais e religiosos em seus estudos e teses, agora não mais vistos como um mero fenômeno social religioso, mas sim, como uma incontestável realidade no quadro demográfico de nosso país. Dados do Censo Demográfico 2010 apontaram que a população evangélica no Brasil passou de 15,4% da população para 22,2% o que representava à época 42,3 milhões de pessoas colocando-a como a segunda religião com o maior número de

Mística dos Eleitos

Aos poucos foram caindo  como peças de dominó. As intrigas palacianas, os desafetos, a inveja de muitos, as armadilhas dos outros derrubaram um a um. Acreditavam que ainda serviam. Acreditavam que ainda tinham voz. Acreditavam que ainda eram um grupo. Acreditavam, acreditavam e acreditavam. Era o que faziam com muita propriedade. Pensavam que as turbulências eram passageiras, que as não-conformidades eram temporárias, que tudo em algum instante voltaria ao seu eixo original. Diziam, para si mesmos, que na construção de um ideal sacrifícios eram necessários. Em nome de uma causa maior as baixas que ocorrem são aceitáveis. Para tudo que acontecia existia uma explicação razoável, lógica e fundamentada. Participaram de tudo. Colaboraram com muita coisa. Partilharam entre si muitos segredos. Acumularam no decorrer do tempo muitas histórias. Foram testemunhas oculares de muitos fatos e protagonistas ou coadjuvantes de ou

Palavras Cruzadas Finais

Assim como concedi destaque ao comentário que originou o artigo Palavras Cruzadas , abro mais uma vez o mesmo espaço para a resposta do comentarista em questão. "Prezado Caio! Agradecemos o Reconhecimento, mas não é questão de coragem, mas de encarar a Realidade. Você diz estar na Umbanda há mais de 30 anos. É incrível como tanta gente persiste nos equívocos, apesar de tanto tempo e tantas experiências. Disse tanta gente, porque você não está só nesta caminhada..., pois tem uma Multidão, ainda presa aos Resquícios Religiosos, Herança Maldita do Catolicismo Inquisidor e da infeliz Interpretação dos Ritos Candomblecistas, que fazem uma Mistureda de Valores e Conceitos, sem o menor fundamento. Tem momentos que não se sabe o que definir, se é Ritual de Candomblé ou de Culto Católico. Defendemos, Meu Caro Caio, a Liberdade, dentro de uma Realidade Espiritual, que o Espiritismo legou ao Mundo, em seus 150 anos de existencia, onde parafraseamos Kardec, que resume todos os conhecim

Cuspir no prato em que comeu–Parte II (Final)

A intolerância religiosa é pauta no dia-a-dia da Umbanda e de todas religiões afro-brasileiras! Intolerância "intra" e "inter" religiosa. Com respeito a intolerância intra-religiosa (por dentro da Umbanda, no nosso caso), os artigos desse blog estão repletos de referências, reflexões e exemplos. Mais urgente, é falarmos sobre o aspecto da intolerância inter-religiosa (das outras religiões em relação a nossa), essa é a causa que deveria nos unir independente das diferenças e dos motivos que nos separam. Próximos a nós, pelos laços do fenômeno mediúnico, continuamos a sermos considerados "baixo espiritismo" (engraçado é que nunca pretendemos ser "alto espiritismo", ou algo que o valha), por adeptos de uma doutrina, que exige não ser tratada como uma religião, mas que age como uma, principalmente ao fazer esse tipo de comparação. Chegamos ao ponto de assistirmos um movimento de interpretação e prática da Umbanda sob o ponto de vista e orienta